O Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública, promovido pela Contraf-CUT, federações, sindicatos e pela Fenae, aconteceu na última sexta-feira, dia 27, de modo a reforçar a luta dos empregados do banco contra uma possível proposta de abertura do capital social da instituição.
Na ocasião, uma série de ações de protesto, como manifestações nas agências, atos, reuniões nos locais de trabalhos, distribuição de carta aberta aos clientes, abraços simbólicos e até o retardamento na abertura de unidades foram feitas com o objetivo de ganhar o apoio da sociedade brasileira e barrar qualquer tentativa de abertura de capital.
O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, avalia que foi dado um passo importante, mas muitos outros ainda precisam ser dados. Para ele, o debate não é corporativo, mas de uma dimensão que envolve toda a sociedade.

"Se houver a abertura de capital, quem vai mandar na empresa serão os acionistas. A Caixa não pertence ao mercado, mas ao povo brasileiro", ressalta Cordeiro. "Queremos que a Caixa sirva à sociedade e não se sirva da sociedade".

Para o presidente da Contraf-CUT, o Dia Nacional de Luta fechou positivamente uma semana de intensas atividades que o movimento sindical e associativo promoveu em todo o país.

Na quarta-feira (25), a Contraf-CUT, a Fenae e a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) realizaram um ato em defesa do banco na Câmara, com a participação de centrais sindicais e parlamentares. Foi criado um comitê em defesa da manutenção da Caixa 100% pública.

A ideia é unificar e fortalecer as ações contra a proposta de abertura de capital do banco. Para Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae, "é uma luta coletiva. Precisamos ter determinação, e esse comitê será fundamental para a vitória".

Para Erika Kokay, que participou nesta sexta-feira de manifestação em Brasília, não há justificativas para que se abra o capital do banco. "Isso significa arrancar a Caixa do povo brasileiro e fazer com que o banco deixe de cumprir a função social para a qual ela foi criada, além de interferir no crescimento vertiginoso do banco no mercado financeiro. É tentar fazer com que a Caixa seja igual aos outros bancos", afirmou.
 

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