Os bancários dos 26 Estados e o Distrito Federal entraram, nesta quarta-feira (14), no nono dia de greve da categoria. Em todo o Brasil, 11.439 agências e 42 centros administrativos paralisaram suas atividades.
De acordo com Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, a greve de 2015 pode entrar para a história. "A resposta para a tentativa dos banqueiros de mudar o modelo de negociação que tem dado certo nos últimos anos será respondida com um modelo de paralisação diferente, estratégica", revelou.
"Nosso objetivo não é só mostrar para a categoria o desrespeito dos patrões. É também mostrar para toda a população que, apesar dos altos lucros e das taxas e dos juros exorbitantes, eles não estão preocupados com seus clientes. Exploração não tem perdão!", completou.
Comando Nacional reforça necessidade de aumento real
O Comando Nacional dos Bancários reuniu-se na tarde desta quarta-feira na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para avaliar os nove dias de greve. O balanço feito pelos dirigentes de todo o Brasil é que o movimento está melhor a cada dia, com apoio dos clientes e da opinião pública em geral.
Os representantes sindicais ainda reafirmaram que os bancários merecem aumento real, por serem responsáveis pelos altos lucros dos bancos. "Nós continuamos mobilizados e na expectativa para que os banqueiros retomem a mesa de negociação com uma postura mais respeitosa. Enquanto isso, a greve continua ganhando força a cada dia", explicou Roberto, que também é um dos coordenadores do Comando Nacional.
Fonte: Contraf-CUT