Os empregados da Caixa estão preparando duas atividades para protestar contra o desrespeito à categoria, o descumprimento de cláusulas dos últimos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) e a falta de transparência por parte da direção do banco. As ações têm sido organizadas pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE).

A primeira delas, em 25 de fevereiro, será nas redes sociais. “Pedimos que os trabalhadores demonstrem sua insatisfação com as hashtags #CaixaRespeiteoEmpregado, #CaixaCumpraosAcordos e #CaixaSejaTransparente”, explica o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. Também é importante citar o perfil da Caixa nas postagens do Twitter (@Caixa) e no Facebook.

Na semana seguinte, acontece o Dia Nacional de Luta, em 2 de março. Federações e sindicatos devem realizar ações em suas bases. Procure as entidades de sua região e participe do movimento.

Reivindicações – Entre as principais reivindicações dos trabalhadores está a retomada das contratações. O banco não contrata ninguém desde o início do ano passado e ainda realizou dois  Planos de Apoio à Aposentadoria: no primeiro deles, cerca de 3 mil empregados deixaram a Caixa e, agora, um novo PAA pretende desligar mais 1.500. “Enquanto isso, a demanda só aumenta e, com ela, o número de trabalhadores sobrecarregados e doentes”, comenta Kardec Bezerra.

Em relação ao Acordo Coletivo 2014, há dois itens que estão sendo desrespeitados pela empresa: destinação do superávit do Saúde Caixa, que já está definida, mas o banco ameaça não cumprir; e promoção por mérito. Já quanto à campanha salarial do ano passado, a Caixa ainda não apresentou uma proposta para o retorno do Adiantamento Assistencial Odontológico, o que deveria ter ocorrido até 31 de dezembro.

A falta de transparência é mais um problema que tem se agravado na gestão de Miriam Belchior. As notícias sobre a reestruturação de Girets e outros setores não param de chegar, mas a direção se nega a dar detalhes. Isso tem deixado os trabalhadores em pânico.

“Queremos respeito por parte da direção da Caixa. Vamos lutar para que os acordos sejam cumpridos”, finaliza o diretor-presidente da APCEF/SP.

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