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APCEF/SP participa do ato: "Se é público, é para todos"

Vinte e sete dias de governo ‘interino’ de Michel Temer e o clima não está nada favorável para a classe trabalhadora. Tornados e tsunamis ameaçam os direitos conquistados.

Por isso, em defesa das empresas públicas, os representantes dos empregados da Caixa estiveram no ato “Se é público é para todos”, organizado pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, juntamente com a Fenae, a Contraf-CUT e outras entidades que o compõe, que aconteceu na segunda-feira, 6, na Fundição Progresso no Rio de Janeiro.

“A Caixa 100% pública é um instrumento importante para a execução das políticas sociais do Estado brasileiro, que garantem o desenvolvimento do País e promovem o acesso da população mais carente às políticas públicas de saúde, mobilidade, habitação, educação, cultura e esporte”, diz a diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda.

O ato contou com a participação de representantes dos trabalhadores da Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, além das Centrais Sindicais (CUT, CTB, UGT, CSP-Conlutas, Intersindical e Nova Central), Federação Única dos Petroleiros (FUP), de representantes de movimentos sociais, de ocupação e sindicais.

Os debates que aconteceram durante todo o dia foram em torno do tema: “O que é público pra você?”. O questionamento abriu para a reflexão sobre as responsabilidades das empresas públicas no cenário brasileiro, a importância para a economia do País e, especialmente, a contribuição destas empresas no fomento de políticas públicas para a redução da desigualdade social, o acesso à oportunidades e geração de postos de trabalho.

Para a diretoria da APCEF/SP é preciso fortalecer a unidade entre os empregados da Caixa para que seja possível garantir os avanços conquistados em anos de luta da categoria.

“O cenário de caos criado pelo governo ‘interino’ de Michel Temer, neste curto espaço de tempo, nos dá a dimensão de tudo que ainda vem por aí”, diz a diretora da APCEF/SP Ivanilde de Miranda.

A APCEF/SP acompanhará e apoiará as ações do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, juntamente com a Fenae, a Contraf-CUT e outras entidades que o compõem

No Congresso

            A pauta-bomba produzida pelo governo ‘interino’ de Michel Temer que está no Congresso Nacional em breve deverá votar dois projetos (PL 4.918/2015 e PLP 268/2016) que atingem diretamente os empregados da Caixa.

O Projeto de Lei (PL) 4.918/2015, de autoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), cria o Estatuto das Estatais e abre espaço para a privatização de empresas públicas. Na Caixa gera a redução de postos de trabalho e, especialmente, de cargos comissionados. O banco perde o aspecto de banco público que executa políticas sociais. O País perde os maiores financiadores de políticas públicas que favorecem a redução da desigualdade social e o fomento de projetos de desenvolvimento que priorizam a geração de trabalho e renda à população.

O Projeto de Lei e outras Proposições (PLP) 268/2016, do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), propõe reduzir a representação dos empregados nos fundos de pensão. Elimina com a eleição de diretores e reduz a um terço a representação nos Conselhos Deliberativos e Fiscal. De acordo com o texto, as vagas retiradas dos representantes dos empregados seriam entregues a conselheiros ‘independentes’ e a diretores contratados no mercado. Desta forma, no caso dos empregados da Caixa, o objetivo é que a representação dos trabalhadores da ativa e dos assistidos fiquem a margem na estrutura de governança da Funcef.

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