A campanha “Se é público, é para todos”, lançada no início de junho no Brasil, irá se espalhar por outros países. A ideia de internacionalizar a campanha foi apresentada pela coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, no do III Encuentro Alianza Latinoamericana en Defensa de las Bancas Públicas, organizado pela Uni Americas Finanças na Argentina nos últimos dias 26 e 27.

A proposta teve o apoio da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).  “Os representantes dos diversos países presentes aprovaram. Será uma campanha global em defesa do papel público das empresas e dos serviços públicos, em contraposição à ofensiva neoliberal que se fortalece em locais como Brasil, Argentina e outros”, explica Rita

Ao lado de palestrantes argentinos e do Uruguai, a coordenadora do comitê abordou o tema “Defesa dos Bancos Públicos após o golpe na Democracia”, falando sobre as mobilizações contra projetos privatistas (como o PLS 555/ PL 4918), o surgimento do comitê, a campanha em desenvolvimento e os riscos que correm as empresas e serviços públicos nesse momento, com o governo interino de Michel Temer. A luta dos empregados da Caixa, também foi destaque na discussão.

O golpe no Brasil foi lembrado no documento final resultante do encontro, que pode ser conferido na seção de downloads do site www.diganaoapl4918.com.br, assim como a apresentação da coordenadora.

Outras propostas aprovadas no encontro foram a luta contra acordos internacionais que estabelecem práticas neoliberais, como o Tisa (Trade in Services Agreement, na sigla em inglês) e o TPP (Acordo de Cooperação Trans-Pacífico), e a difusão do documento final, que destaca a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento dos países e suas sociedades.

“Foi muito gratificante a troca de experiências e debates. Além disso, tornar a campanha “Se é público, é para todos” internacional fortalece nossa iniciativa e impulsiona ações futuras”, aponta Rita Serrano.

A Aliança Latino-americana em Defesa dos Bancos Públicos surgiu em 2014, durante o primeiro encontro de dirigente sindicais de bancos públicos da região. O segundo encontro ocorreu em Lima, Peru, em 2015 e o terceiro ocorreu este ano em Buenos Aires. O encontro foi criado com a intenção de analisar e promover papel estratégico do setor na economia, a inclusão econômica e o fomento social na América Latina.

 

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