Em novembro do ano passado, o presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, admitiu a intenção de reduzir o quadro de empregados em 10 mil, por meio de Planos de Apoio à Aposentadoria (PAA) e de Demissão Voluntária (PDV). Nada de oficial foi divulgado até o momento, mas 2017 começou com informações nos corredores do banco de que o anúncio da medida poderá ocorrer nos próximos dias.

Enquanto a direção do banco se nega a retomar as contratações, paralisadas há quase dois anos, há mais de 30 mil aprovados no concurso público de 2014. O Ministério Público e a Justiça do Trabalho já se manifestaram a favor das convocações, concluindo que houve o descumprimento da cláusula 50 do ACT 2014/2015. Também reafirmaram, no final do ano passado, que a Caixa está proibida de realizar concursos apenas para formação de Cadastro de Reserva.

A 6ª Vara do Trabalho de Brasília julgou procedente a Ação Civil Pública, impetrada pelo MPT da 10ª Região, que questiona a não contratação dos aprovados. A decisão, divulgada no dia 6 de outubro, postergou a validade do concurso e condenou a Caixa a apresentar, em até seis meses, estudo de dimensionamento do quadro de pessoal e, em seguida, promover a convocação de pelo menos 2 mil empregados, considerando-se o total de trabalhadores quando da confecção do ACT 2014/2015. Também proibiu a Caixa de realizar concurso apenas para Cadastro de Reserva.

Uma consequência da redução do número de empregados poderá ser o fechamento de agências país afora. É provável que esteja sendo planejado, seguindo o exemplo do que ocorreu recentemente no Banco do Brasil.

Dia Nacional de Luta

Contra estas ameaças de desmonte da Caixa que o 12 de janeiro será um Dia Nacional de Luta. Mesma data em que o banco completa 156 anos de existência. A data foi definida em reunião da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), realizada em 20 de dezembro.

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