1 – Diz a Caixa: “economia brasileira passou por desafios sem precedentes” em 2016.
Errado. A economia brasileira foi empurrada a um buraco sem precedentes. Sob a remédio neoliberal de recuperação, o país amargou queda do Produto Interno Bruto de mais de 8% em dois anos.
2 – Diz a Caixa: “a contratação de crédito caiu”.
Aqui ela acerta: a carteira de crédito ampliada variou apenas 4,4% em 2016. Claro, desempregados aos milhões e empresas sem vendas têm dificuldades em contratar empréstimos e financiamentos. A empresa reconhece a tragédia econômica.
3 – Diz a Caixa: “o longo período de greve” afetou os negócios.
Errado: A Caixa está responsabilizando seus trabalhadores! Cabe perguntar se a direção da empresa acredita mesmo nesse argumento ou se está apenas tentando justificar sua postura irresponsável no processo de negociação.
4 – Diz a Caixa: “A administração vem implantando ações com o objetivo de melhorar os resultados”
Não citou quais ações, certamente para a nota não ficar muito longa. Deve estar se referindo à redução do já insuficiente quadro de pessoal; à destituição aleatória de ocupantes de funções; à reestruturação que sobrecarrega empregados pelo acúmulo de funções; à pendenga de seu contencioso junto aos planos da FUNCEF; às mudanças no Saúde Caixa centradas em corte de direitos; à transferência à iniciativa privada de serviços e negócios com seguros, loterias e cartões.
5 – Por fim, diz a Caixa: “O Lucro líquido ficou abaixo do projetado”. Abaixo, neste caso, meros 41%! A Caixa não explicou a razão de tamanho equívoco. Quem sabe em uma nova edição da nota, não é mesmo?