O fechamento de unidades físicas da Caixa com o chamado reposicionamento em agências digitais e outras unidades vem gerando muitas dúvidas, pois o já conhecido recurso “Movimenta” utilizado pelos empregados não é suficiente para o processo.

Uma característica do Movimenta é um problema aos olhos dos representantes dos empregados, que vêm negociando garantias para bancários alvos das mudanças. Ele funciona com a característica “à pedido do empregado”, pois é criado para que as pessoas busquem locais que queiram ou prefiram trabalhar, mas a situação para os empregados de agência em processo de fechamento é diferente.

Em reunião específica sobre o tema, como a de 1º de julho, foram tiradas garantias e colocadas preocupações com o processo. Após o apontamento de que o sistema precisava trazer outro motivo para a movimentação dos empregados, para que não ficasse o registro indevido, a Caixa inseriu na ferramenta o recurso “Reposicionamento Varejo”.

“Não temos como garantir que não houvesse algum prejuízo para os empregados ao constar no sistema que este movimento teria sido a pedido, então o melhor era que houvesse uma solução diferente. Sendo assim, indicamos que os empregados que estão hoje em agências com indicativo de fechamento, e que não queiram ir ou que não tenham vaga nas agências digitais – nesse caso os caixas, tesoureiros, avaliadores de penhor e gerentes PJ -, que se inscrevam pela aba ‘reposicionamento varejo’”, explica Vivian Sá, diretora da Apcef/SP e representante da Fetec-CUT/SP na CEE Caixa.

Segundo a Caixa, não haverá prejuízo para quem acabar utilizando o “Movimenta”, que também será considerado. A Caixa afirma que o “Reposicionamento Varejo” é uma sessão que direciona para o regulamento específico, e a manifestação pode ser pelo menu geral ou por este.

“Não estamos dizendo que o Movimenta não deve ser usado, ao contrário, gostaríamos que ficasse ativo de forma perene para que as pessoas sempre pudessem ter a prerrogativa de trocar de unidade se assim desejarem. No entanto, para o grupo específico de colegas alvo da reestruturação ou reposicionamento, entendemos que este cuidado, de ter uma nomenclatura específica nos registros seria importante”, acrescenta Vívian.

A Caixa afirmou também que garantiria prioridade aos empregados PCDs e pais ou mães de PCDs para as transferências para agências digitais, caso haja vaga ao final do processo, uma vez que há previsão de trabalho em home office nestas unidades, mas ainda não especificou como será o procedimento, e os representantes dos empregados estão cobrando retorno deste e de outros pontos.

“Os trabalhadores têm procurado o Sindicato perguntando onde serão alocadas as unidades digitais, porque é uma informação relevante para a decisão dos colegas quanto à permanência ou não nesta estrutura, e este ponto ainda não foi esclarecido, mas está sendo cobrado que seja divulgado o quanto antes já que possivelmente vai interferir nas escolhas”, diz Valter San Martin, dirigente do Sindicato.

Outras respostas a Caixa publicou no FAQ enviado em 3 de julho, conforme solicitado pela CEE Caixa, para diminuir ao máximo as dúvidas dos colegas envolvidos no processo. Caso os empregados e empregadas ainda tenham dúvidas, podem procurar o a Apcef/SP pelo e-mail sindical@apcefsp.org.br.

 
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