Junho é o mês do Orgulho LGBTQIA+. Luta, inclusão, respeito, representatividade. Quantos adjetivos, substantivos e verbos cabem na sigla? O que parece ser apenas uma sopa de letras, significa muito mais para as pessoas que nelas se sentem representadas. A sigla é a principal bandeira da comunidade que luta pelo simples direito de existir.

Neste 28 de junho, data que se comemora o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) reafirma o seu compromisso com este público e cobra ações que venham garantir o pleno exercício da diversidade nas dependências da Caixa Econômica Federal. 

O tema LGBTQIA+ é um dos cinco eixos prioritários a serem trabalhados no Programa Diversidade e Inclusão da Caixa. No compromisso assumido entre o banco e o Governo Federal no ano passado, a iniciativa tem por objetivo promover a cultura do respeito e da valorização das diferenças entre seus colaboradores. Os outros eixos do programa são: Equidade de Gênero, Gerações, Pessoas com Deficiência e Raça/Cor. Para esse público específico, a ação visa reconhecer e apoiar a diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero na instituição.

O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, fala da importância da adoção de políticas eficazes que venham de fato congregar as necessidades do público LGBTQIA+ nas instâncias do banco. “Ao adotar políticas inclusivas, o banco não só melhor a vida de seus empregados, mas também fortalece suas operações e sua imagem perante a sociedade”, pontua Takemoto. 

Apesar da existência do programa, a diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber, cobra da Caixa iniciativas mais eficazes que venham eliminar toda forma de preconceito e garantir a pluralidade dentro das unidades do banco público. Para ela, realizar uma pesquisa que mostra a quantidade e a diversidade dentro das dependências da instituição é o primeiro passo a ser tomado para criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e acolhedor.

“Uma pesquisa clara onde mostra quem são e onde estão as pessoas que se declaram LGBTQIA+ é o primeiro passo para garantir que essa inclusão seja feita de fato”, explica. “Precisamos ter a dimensão da representatividade desse público nas unidades e, assim, garantir um banco mais aberto, inclusivo e diverso. Quando falamos em inclusão, todos saem beneficiados”, pontua Rachel.

Desafios
Outro ponto importante é que o orgulho está relacionado à saúde mental individual e coletiva das pessoas que se declaram LGBTQIA+. Além disso, mesmo com os avanços, ainda existem desafios significativos a serem superados, tendo em vista que a visibilidade é crucial dentro do ambiente de trabalho. 
Iniciativas como apoiar campanhas de visibilidade demonstram o compromisso público do banco com a causa. Outras medidas também podem ser tomadas internamente, como promover a representatividade em cargos de liderança e oferecer apoio para que trabalhadores que se identificam com a sigla assumam posições de destaque.

História do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

A discriminação contra a comunidade LGBTQIA+ era generalizada nos Estados Unidos dos anos 60. Prisões, violência policial e estigmatização social era alguns dos diversos problemas enfrentados pela comunidade por conta das leis anti-homossexualidade que vigoravam naquela época. Frequentemente, bares e clubes que atendiam a comunidade LGBTQIA+ eram alvo de batidas policiais, sendo o Stonewall Inn um desses locais. Localizado no bairro de Greenwich Village, em Nova York, o bar era um refúgio para muitas pessoas marginalizadas, incluindo jovens LGBTQIA+ e desabrigados.

Na madrugada do dia 28 de junho de 1969, uma batida policial no Stonewall Inn desencadeou uma série de eventos que marcaram o início do movimento moderno pelos direitos LGBTQIA+. A resistência começou quando frequentadores do bar, cansados de décadas de opressão e abusos, se recusaram a aceitar a brutalidade policial. A tensão escalou e resultou em protestos violentos que duraram dias.

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ tem suas raízes nos eventos no bar Stonewall. O primeiro aniversário da rebelião foi marcado pela realização da Christopher Street Liberation Day March, em 28 de junho de 1970, que é considerada a primeira Parada do Orgulho Gay. Este evento se espalhou para outras cidades nos Estados Unidos e, consequentemente, ao redor do mundo. 

A data é o momento para a comunidade reafirmar seu orgulho e visibilidade, além de lembrar a luta permanente contra a discriminação e pelos direitos humanos.

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