Em ofício enviado à Caixa Econômica Federal, na segunda-feira (17), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ressalta a preocupação com boatos sobre uma reestruturação no banco, com mudança de perfil de atendimento de algumas unidades e o fechamento de agências, e solicita uma reunião para debater sobre o tema, “sobretudo no que tange aos direitos dos trabalhadores envolvidos”. Após receber o ofício, a Caixa agendou, para terça-feira (25), uma reunião para tratar do assunto.

Em seu texto, a Contraf-CUT lembra que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente determina que qualquer reestruturação que necessite da movimentação física ou operacional dos empregados, deve ser previamente debatida com os representantes dos trabalhadores.

“Não é aceitável que qualquer destes processos afete negativamente os empregados, sobretudo com relação à remuneração, realocação, plano de carreira e diversos temas construídos individual e coletivamente pelos trabalhadores”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

Prejuízo aos clientes, ao comércio e ao país

O coordenador da CEE ressalta que a redução do número de unidades físicas de atendimento pode prejudicar não apenas os empregados, mas toda a população, inclusive o comércio e a economia local das cidades e bairros localizados nas proximidades das agências escolhidas para serem fechadas.

“A Caixa desempenha um papel fundamental, de caráter público e social, que pode ser afetado pela mudança do perfil de atendimento e fechamento de agências”, disse Rafael. “O banco presta um serviço à sociedade, que os demais bancos não têm interesse em prestar, por não lhes trazer retorno financeiro, que é o atendimento à população de baixa renda. Querer equiparar a atuação da Caixa à de bancos que estão abrindo unidades de negócios, sem levar em conta essa característica da Caixa, é desprezar a população atendida e a importância social da Caixa, inclusive para a ampliação do atendimento bancário à população, que é uma obrigação prevista em lei”, reforçou o dirigente da Contraf-CUT.

 
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