No próximo sábado (16), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região completa 99 anos.
“São quase 100 anos de luta em defesa da categoria bancária. Nossos parabéns aos bancários de São Paulo pela data, e o reconhecimento pelo trabalho imprescindível realizado pela diretoria da entidade. Sem sua atuação e a mobilização da categoria, não conseguiríamos avançar em novas conquistas e resistir aos ataques contra nossos direitos”, lembrou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo dos Santos Quadros.
Neste quase um século de história, os bancários tiveram conquistas marcantes como a jornada de seis horas semanais, auxílio-creche, vales refeição e alimentação, PLR, 13ª cesta-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, licença-paternidade ampliada de 20 dias, igualdade de direitos para casais homoafetivos, instrumento de combate ao assédio moral, 21,94% de aumento real desde 2004, entre muitas outras.
Mas foi só em 1985 que os bancários da Caixa conseguiram conquistar o direito à sindicalização. Após uma greve histórica, o então presidente da República, José Sarney, sancionou a lei que garante a condição de bancário aos empregados da Caixa. Até então, o pessoal da Caixa era considerado economiário.
No entanto, por longos anos, a Caixa não aceitou participar de uma mesa única de negociação, o que garantia direitos diferenciados a trabalhadores de bancos públicos e privados.
Foi só na campanha salarial de 1999 que a discussão ganhou força. Sem campanha unificada, os empregados da Caixa sofriam com a indiferença da direção da empresa. Entre os benefícios que os bancários recebiam acordados na Convenção Coletiva estava a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que não se pagava aos bancários da Caixa.
Pandemia – Na história recente, fazer parte de uma categoria forte e com entidades que lutam pelos seus trabalhadores fez muita diferença. Com a explosão da pandemia de coronavírus, no início de 2020, a luta do Sindicato passou a ser também diretamente pela vida dos trabalhadores. Já em março de 2020, o Sindicato cobrou os bancos em relação à pandemia e, a partir disso, foi criado um Comitê de Crise bipartite.
A luta sindical possibilitou que grande parte da categoria atuasse em teletrabalho ou regime de rodízio, e acordos de teletrabalho foram negociados.
Com a chegada das vacinas, o Sindicato travou uma árdua batalha para que a categoria fosse vacinada o quanto antes contra a Covid-19.
No meio da maior crise sanitária da história do país, com grande parte da categoria em home office, o movimento sindical bancário se reinventou por meio da tecnologia para conduzir a Campanha Nacional 2020. Mesmo com uma conjuntura política totalmente adversa aos trabalhadores, os bancários mantiveram todos os direitos na Convenção Coletiva de Trabalho e ainda conquistaram reajuste de 1,5% sobre salários mais abono de R$ 2 mil em 2020; e aumento real de 0,5% sobre salários e demais verbas para 2021, ano em que a maioria das categorias teve perda salarial e redução de direitos, o que resultou em um reajuste total de 10,97% (INPC mais 0,5% de aumento real) no ano passado.