O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, rebateu em artigo publicado na Revista Fórum a recente declaração do governador de São Paulo, João Dória, de que a Caixa deve ser privatizada porque “o mundo está cada vez mais digital e faltará espaço para empresas como a Caixa”. Na opinião dele, o presidenciável do PSDB desconhece ou desconsidera a dimensão de uma empresa centenária como a Caixa.

Ele lembrou que a Caixa está mais do que nunca presente no dia de milhões de brasileiros e desempenhou um essencial durante a pandemia. Takemoto exemplificou: em 2020 e 2021 a Caixa efetuou o pagamento do Auxílio Emergencial à 68,3 milhões de pessoas, o que corresponde ao repasse de R$ 354,7 bilhões que socorreu famílias impactadas pelo desemprego e a fome, e ajudou movimentar a economia, que já estava fragilizada pela falta de medidas anticíclicas por parte do governo para conter a crise.

O presidente da Fenae fez questão de ressaltar que os bancos públicos cumprem uma função social que vai além da busca do lucro, como acontece no setor privado.  Foi assim em 2008, quando a atuação estratégica dos bancos públicos ajudou o Brasil a superar os efeitos da crise econômica internacional.

Além de estar presente nos rincões do país onde os bancos privados não investem, a Caixa tem sido responsável pela operação de diversos benefícios, programas sociais e trabalhistas, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Seguro Desemprego, o Bolsa Família (substituído pelo Auxílio Brasil), Minha Casa Minha Vida (substituído pelo Casa Verde e Amarela).

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