De acordo com a divulgação do balancete do 1º trimestre de 2021 da Funcef, o contencioso continua crescendo e prejudicando os participantes. Apesar das várias cobranças da Fenae, junto com os participantes, para que a Funcef tome providências em relação ao provisionamento do contencioso de um modo geral, no que se refere ao previdencial, ao de investimentos e administrativo, a Funcef até hoje não apresentou informações sobre o impacto que já existe no resultado dos planos. 

O que chamou a atenção da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), foi o crescimento de 328% no provisionamento para perda na rubrica de investimentos. Fato que ainda não foi suficientemente detalhado pela Funcef. 

“Há anos, a Fenae vem cobrando uma solução para estes fatores de desequilíbrios nos planos, como é o caso do contencioso da Funcef, que ao longo dos últimos anos, se mostrou um problema crônico. Os participantes esperam mais transparência e explicações sobre os impactos que estes valores de ações de perda provável causam nos planos”, explicou Sergio Takemoto, presidente da Fenae. 

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Segundo a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, este aumento percentual pode impactar ainda mais no bolso dos participantes. “O que sabemos é que pode causar um grande impacto na vida dos participantes, pois este crescimento teve origem, em uma compra de um shopping em 1997, que se desdobrou numa ação e agora em 2021 se transitou em julgado e todos os planos que tenham algum tipo de participação nesse investimento vão sofrer um impacto dessa ação. Esperamos que a Funcef não evide esforços no sentido de minimizar o máximo o impacto nos planos de benefícios”, disse Fabiana.

Decisão judicial desfavorável à Funcef 

De acordo com o presidente da Funcef, Gilson Santana, durante a apresentação do resultado do balancete do 1º trimestre de 2021, existe uma negociação envolvendo o pagamento de contingências constituídas no programa de investimentos, para minimizar o impacto nos planos de benefícios. Ainda segundo Santana, este aumento se refere a um investimento feito em 1997, durante o governo FHC, e que somente agora teve decisão judicial transitada e foi desfavorável à Funcef. 

Mais transparência nas ações 

Vale destacar que há anos, a Fenae e os participantes vêm cobrando providências da Funcef no sentido de cumprir seu papel de administradora de planos de benefícios. “É preciso que a Funcef explique o que deu causa a esse tipo de ação e qual vai ser o impacto disso nos planos. Precisa ter transparência nesta ação, visto que a Funcef, até hoje não apresentou informações sobre o impacto que já existe no resultado dos planos com as ações transitadas em julgada, sejam elas no âmbito previdencial, ou na questão da rubrica de investimentos ou até mesmo no administrativo”, ressaltou Fabiana.

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