Desde cedo, representantes da Apcef/SP e do Sindicato dos Bancários de São Paulo realizam manifestações em frente à B3, no centro da capital paulista, onde estava previsto o pregão para a abertura de capital da Caixa Seguradora, uma clara ação do banco rumo à privatização da empresa aos pedaços.

Na ocasião da chegada do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao local, foi entregue, em mãos, ofício das duas entidades posicionando-se contra a venda e, também, solicitando abertura de diálogo para debater todos os demais assuntos que afligem os empregados no momento. Veja ofício aqui.

:: Assista ao vídeo da chegada do presidente, Pedro Guimarães e a entrega do ofício pelas entidades

Para entender melhor o que todo esse movimento significa para nós, empregados:

  • Há 160 anos, a Caixa Econômica Federal é o banco de todos os brasileiros, mas pode deixar de ser hoje. O governo Bolsonaro e a direção do Caixa, comandada por Pedro Guimarães, programam a abertura de capital (IPO) da Caixa Seguridade. #BrasilSeguroÉCaixaPública #NãoIPOnaB3 #DigaNãoaoPregãoCaixa
  • Você sabe o que é IPO? É um tipo de oferta pública em que as ações de uma empresa são vendidas ao público em geral na bolsa de valores pela primeira vez. É quando uma empresa torna-se de capital aberto.
  • A Caixa é, hoje, responsável pelas principais políticas públicas e de desenvolvimento do País. É o banco da casa própria, do Fies, do empréstimo a pequenas empresas, do FGTS e do auxílio emergencial.
  • A última tentativa em realizar o IPO foi em setembro de 2020, quando a operação estava avaliada em R$ 60 bilhões, mas teve o IPO suspenso. Agora, o valor estimado caiu para R$ 36 bilhões.
  • A direção do banco não mede esforços para concretizar a venda das ações. Se o mercado está instável, Pedro Guimarães aposta no sucesso dos negócios pressionando e assediando os empregados a comprar as ações.
  • As metas estabelecidas são desumanas, o que obriga os trabalhadores, praticamente, a serem cúmplices da privatização da própria empresa e, consequentemente, da destruição dos seus empregos, pois, no Brasil, historicamente, não existe garantia de manutenção dos postos de trabalho após passarem para as mãos de empresas privadas.
  • Para piorar, o destino dos recursos com a possível venda das subsidiárias nem passa perto de capitalizar o banco, fortalecer as políticas públicas e alavancar o desenvolvimento do País.
  • O governo vai utilizar este valor para pagar juros da dívida pública, ou seja, para enriquecer ainda mais os bancos e investidores privados – maiores detentores de títulos públicos da União.

“A nossa luta não termina aqui, pelo contrário, ela se intensifica. Não podemos deixar que a Caixa seja privatizada aos pedacinhos sem levar em conta toda a sua história social e de um banco 100% público. Temos de nos unir, cada vez mais, e ampliar a mobilização e a participação dos empregados. A união dos empregados com a sociedade será importante nas batalhas que seguirão”, afirma o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. ” Temos lutado contra abertura de capital da Caixa ou venda de subsidiárias desde 2015 e precisamos continuar seguindo com este enfrentamento para preservar a empresa, que é fundamental para o País”, finaliza.

Continue a acompanhar o nosso site a as redes sociais para saber mais sobre mais um dia de luta.

Manifestação em frente à bolsa na manhã de hoje, em São Paulo

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