A Apcef/SP tem recebido, nos últimos dias, diversos relatos de empregados informando que suas chefias estão lhes atribuindo atividades incompatíveis com o que seria sua jornada de trabalho. Convocação para reuniões que não haviam sido previamente agendadas, cobranças que tarefas sejam entregues antes do horário combinado para o empregado iniciar sua jornada, mensagens encaminhadas em diversos horários cobrando execução imediata de demandas e afirmações de chefias de que os empregados não possuem mais jornada e que, portanto, devem atender à demanda quando ela surge são alguns dos comportamentos abusivos, e que são fruto da política estabelecida pela Vipes.
Uma chefia está atribuindo metas para quem está trabalhando presencialmente diferentes das que estão sendo aplicadas a quem está atuando em home office. Em outra área, a chefia está convocando os empregados a trabalharem aos sábados.
O Projeto Remoto, que está prorrogado até 31/01/2021, foi aplicado durante a pandemia para aumentar o isolamento social e contribuir para frear o avanço do novo coronavírus. É importante para preservar a saúde dos empregados e não pode ser usado para desregulamentar a jornada/carga de trabalho dos empregados, trazendo-lhes novos prejuízos à sua saúde. Por isso, a Caixa deve atender às reivindicações dos trabalhadores e estabelecer um modelo de teletrabalho que, diferente do atual, resguarde os direitos e a saúde dos empregados.
Não apenas no teletrabalho, a Apcef/SP tem recebido denúncias de extrapolação de jornada, sobretudo nas agências, e especialmente de gerentes gerais, por não terem ponto eletrônico, outra evidência de que o controle eletrônico da jornada é imprescindível para a organização do trabalho e respeito à jornada. Importante contatar as entidades nessas situações também.
Denuncie – A Apcef/SP denunciou ao Ministério Público do Trabalho as práticas que têm sido adotadas pela Caixa de cobrança de metas abusivas e extrapolação da jornada de trabalho. A denúncia foi acolhida, hoje há um inquérito civil para apurar os fatos. “Pedimos aos empregados para que nos comuniquem destas situações, para buscarmos sanar os problemas com as chefias”, orientou o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. Os empregados também devem guardar a comprovação destes fatos, para auxiliar este inquérito ou eventuais ações judiciais que busquem reparações como o pagamento de horas extras.
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