O InfoMoney divulgou nesta segunda-feira (5/10) que o governo quer incluir o programa de privatizações e concessões na lista de esforços para proteger florestas e rios.

A secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, disse que a construção de infraestrutura por meio de concessões e privatizações não só representa boas oportunidades de negócios, mas também uma estratégia favorável ao meio ambiente, em um momento em que investidores apertam o cerco contra políticas ambientais do governo.

A nova lei do saneamento, recentemente aprovada com apoio do governo para facilitar a privatização dos serviços de água e esgoto, vai reduzir a poluição dos rios e melhorar os padrões de higiene em todo o país, disse a secretária. As concessões ferroviárias reduzirão a dependência de automóveis, afirmou. Ela citou ainda leilões e investimentos em energia eólica e hidrelétricas como parte de uma agenda favorável ao meio ambiente.

“O desafio maior já aconteceu, que é a decisão política de avançar nessa rota. Em um governo de quatro anos, as principais decisões foram tomadas no primeiro ano; este segundo ano tem sido de estudos de modelagem. O ano que vem, se tudo der certo, vai ser o ano de leilões”, explicou Martha Seillier.

“O governo insiste em dizer que as privatizações irão resolver todos os problemas do nosso país, mas esquece que entregar o patrimônio público ao setor privado pode significar o fim da prestação de muitos serviços à população mais carente”, comentou o diretor-presidente da Apcef/SP, Kardec de Jesus Bezerra. “A Caixa foi o único banco a encarar o desafio de pagar o Auxílio Emergencial. Se privatizada, quem prestará esse tipo de serviço?”, completou.

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