O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou nesta segunda-feira (11), durante audiência pública remota em comissão do Senado Federal, que 60% das filas nas agências da Caixa eram formadas por pessoas com muitas dúvidas para receber o Auxílio Emergencial e que não tinham certeza do ter direito de receber o benefício.
Disse, ainda, que não existem mais filas para recebimento do Auxílio Emergencial. “Desde quarta-feira a redução foi enorme. Nos últimos quatro, cinco dias, não tivemos [filas] nas 4,2 mil agências.”
Ele reconheceu que, nas primeiras semanas da disponibilização do benefício, houve atraso no pagamento, mas ressaltou que grande parte das pessoas ia às agências mesmo sem saber se tinha direito ao Auxílio.
Medidas ineficazes – Em resumo, boa parte das pessoas que procuraram as agências da Caixa poderiam ter tirado suas dúvidas por meio de outros canais. Uma boa campanha de esclarecimento, aplicativos e canais de atendimento eficientes teriam ajudado muito mais a diminuir as filas do que medidas populistas.
A abertura aos sábados e feriados, a ampliação do horário de atendimento e a convocação da gerência para estar nas agências às 7 horas para triagem das filas só serviram para sacrificar e colocar a saúde dos empregados em risco.
Além disso, se já não existem filas, não se justifica manter o funcionamento a partir das 8 horas e a abertura aos sábados.
A direção da empresa deve atender as demandas das entidades representativas dos empregados e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e rever estas recentes decisões, para respeitar os empregados e preservar sua saúde.