A direção da Caixa determinou que a partir desta sexta-feira (17) parte das agências amplie o horário de funcionamento até 15 horas, segmentando o atendimento da seguinte maneira: das 9 às 10 horas, para os grupos de risco; das 10 às 14 horas, para serviços essenciais e Saque Emergencial; das 14 às 15 horas, exclusivamente para o Saque Emergencial.

Além de não resolver o problema das aglomerações e filas (a maioria das pessoas vai ao banco em busca de atendimento que não é prestado pelas agências), a medida é preocupante, pois, além de aumentar a chance de confusão pelo absurdo da segmentação, sinaliza um afrouxamento nas medidas de prevenção aplicadas.

A redução do horário de atendimento aconteceu em 24 de março como medida para reforçar a segurança de todos os clientes e empregados em meio à da pandemia de Covid-19. Os demais bancos (Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco) permanecem com atendimento entre 10 e 14 horas. Além disso, o governo de São Paulo estendeu a quarentena no Estado até 10 de maio, para não superlotar os hospitais, que já estão com praticamente todos os leitos disponíveis com pacientes.

A justificativa da Caixa, de atender o Saque Emergencial, é absurda. Os saques, em regra, são realizados no autoatendimento, nas lotéricas ou no banco 24 horas. O banco e o governo precisam, isso sim, fazer uma grande campanha de esclarecimento da população sobre o Auxílio Emergencial, já que as filas que estão se formando nas agências são, em sua maioria, de pessoas que estão com dificuldades para se cadastrar e reclamações de lentidão e instabilidade do sistema, entre outras dúvidas. O banco havia se comprometido a realizar esta campanha. É hora de cumprir o compromisso e não de expor os empregados.

É preciso ampliar as medidas de segurança para preservar a saúde de empregados, clientes e de toda a população e não reduzi-las!

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