O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, coordenado por Rita Serrano, apoia e se solidariza com os trabalhadores dos Correios, que entraram em greve nesta quarta por tempo indeterminado em todo o Brasil. A mobilização foi aprovada na noite de ontem (10) durante a realização de assembleias.
Segundo a Fentect-CUT, federação nacional da categoria, a ECT se recusou a negociar novo acordo coletivo e a única pauta apresentada foi para retirar direitos. Mesmo com a mediação do TST, a empresa não recebe os representantes dos trabalhadores e se nega a negociar, pois insiste em reduzir benefícios que rebaixariam ainda mais o salário da categoria, avaliado como o pior entre todas as estatais. A reivindicação é por um reajuste que cubra pelo menos a inflação do período e contra o corte de direitos.
“A truculência do general Floriano Peixoto, escolhido diretamente pelo presidente Bolsonaro para comandar os Correios no processo de privatização já fartamente defendido por todo o governo, não é por acaso. Tanto a base governista quanto a direção dos Correios têm interesse em usar a greve para desgastar a imagem dos trabalhadores”, denuncia a federação cutista, informando ainda que todos os 36 sindicatos aderiram à greve.