A Caixa anunciou nesta quinta-feira, 4 de julho, a contratação de mais 800 aprovados no concurso público de 2014. A instituição financeira continua comunicando tais contratações como iniciativa própria, inclusive se autointitulando “banco da inclusão”, a exemplo do que ocorreu em evento realizado no Centro Paralímpico, mês passado, em São Paulo.

No entanto, em maio, um mês antes deste evento e do primeiro anúncio de contratações, a Caixa deu entrada em embargos de declaração para recorrer da decisão judicial em que foi condenada. 

No evento realizado no Centro Paralímpico o banco disse que faria a contratação prioritária de pessoas com deficiência (PCDs) aprovadas no concurso de 2014. O texto divulgado pelo banco fez parecer que a iniciativa é completamente da direção da instituição, ignorando a luta que vem sendo travada na justiça há anos para que seja cumprida a cota de contratação de PCDs, conforme prevê a Lei 8.213/91. 

 Em abril de 2019 o TRT acatou o recurso do Ministério Público (MP) em que a Fenae é assistente, determinando que a Caixa cumpra, imediatamente, a cota legal de contratação de pessoas com deficiência. 

O banco vem recorrendo de todas as decisões favoráveis às contratações. O que acabou fazendo com o número de PCDs a serem chamados tenha de ser menor do que era quando o processo judicial começou. Isso porque a lei define por porcentagem em relação ao número de trabalhadores a quantidade de PCDs que uma empresa deve ter. Com os programas de demissão realizados nos últimos tempos a Caixa poderá contratar um número menor, já que o número de empregados atual está reduzido.

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