A restrição de capital da Caixa já está abrindo espaço para os bancos privados. Na última semana o jornal O Estado de S. Paulo divulgou que as instituições privadas estão estudando a possibilidade de operar os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do tempo de Serviço).
No entanto, estes bancos estão interessados apenas na linha Pró-Cotista, considerada a mais atrativa aos clientes. Ou seja, só interessa aquilo que represente a maior possibilidade de lucro, já que o financiamento para obras de saneamento e mobilidade urbana estão fora dos planos. Outra intenção das instituições privadas é poder vender outros serviços junto dos recursos do FGTS.
Cada instituição está estudando a questão, mas consideram também apresentar uma proposta conjunta do setor ao Conselho Curador do Fundo através da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Este é apenas mais um capítulo do enfraquecimento da Caixa, que com isso perderia espaço em mais um setor. E também mais um exemplo do que poderá ocorrer caso o banco deixe de ser 100% público: fim de seu papel social, atuação que não interessa a nenhum banqueiro.