Denúncias dão conta de que o banco tem praticado assédio contra empregados do Piauí que têm algum tipo de ação judicial contra a Caixa. Por este motivo, o Sindicato dos Bancários do Piauí impetrou Ação Civil Pública, no Tribunal Regional do Trabalho, contra assédio e retirada de comissão de empregados que têm ação de 7ª e 8ª horas contra a Caixa.
A diretora do Sindicato dos Bancários do Piauí Francisca de Assis conta que, até o momento, foi retirada a função de três tesoureiros. “Também recebemos relatos de pressão para desistência de ações judicias”, afirmou a diretora.
Curioso – É fato curioso que, nestes casos, o próprio superintendente da Caixa no Piauí tenha assinado os descomissionamentos, e não um superior imediato. “Alguns empregados já procuraram o Sindicato desistindo de ações judicias devido ao assédio que estão sofrendo”, informou Francisca de Assis.
Denuncia no Ministério Público – Além da Ação Civil Pública, o Sindicato dos Bancários do Piauí protocolou uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho. Na terça-feira (19), dirigentes sindicais reuniram-se com o Procurador-chefe da Procuradoria do Trabalho da 22ª Região, no Piauí, Ednaldo Rodrigo Brito da Silva, esclarecendo fatos sobre a denúncia apresentada.
O procurador lembra que a Caixa é um ente integrante da administração pública federal, empresa pública, e que precisa observar os princípios que norteiam a administração pública, dentre esses, a motivação do ato administrativo. “A prática desse ato de descomissionamento do empregado, em tese, enseja uma necessidade de motivação por parte do gestor. Ele precisa explicar porque que está adotando o ato administrativo, porque está fazendo aquilo em relação àquele empregado, e diante disso abrir a possibilidade de o empregado se defender”, afirmou o procurador.
“Este tipo de ação escancara a política aplicada pela direção da Caixa em relação aos seus empregados, de desrespeito a seus direitos e de intransigência”, explicou a diretora da APCEF/SP Cláudia Tome. “O acesso à Justiça é direito constitucional e deve ser respeitado, o que torna ainda mais inaceitável tal atitudes. Devemos ficar atentos para que tal desrespeito não se alastre pelo país”, completou.
Em caso de pressão ou assédio, denuncie: (11) 3017-8315 ou sindical@apcefsp.org.br.
Fonte: Contraf-CUT com APCEF/SP